Se a população não percebeu, não foi feito
Em muitas gestões, obras são entregues no prazo, serviços são ampliados, programas saem do papel — e, mesmo assim, a população segue cobrando como se nada tivesse sido feito.
É frustrante. Mas não é raro.
Isso acontece quando a comunicação pública não é tratada como parte essencial da administração, e sim como um setor operacional, encarregado apenas de “alimentar redes sociais” ou “responder à imprensa”.
O problema é que, na prática, o que não é percebido, não é reconhecido. E o que não é reconhecido, não gera valor político, nem institucional.
A comunicação não é apoio. É estrutura.
Tratar a comunicação como setor secundário é um erro que custa caro.
Não apenas em imagem, mas em confiança pública, legitimidade e continuidade de projetos.
Comunicar bem é garantir que a população compreenda, valorize e apoie o que está sendo feito.
É transformar ações em narrativas claras.
É tornar a gestão visível não pelo marketing vazio, mas pela clareza dos resultados comunicados.
Como ensina o sociólogo Zygmunt Bauman, em tempos de excesso de informação, a forma como se comunica é parte da entrega.
Se a mensagem não chega com consistência e estratégia, o resultado não é percebido — e a gestão perde força.
Comunicação reativa não sustenta a imagem da gestão
A maioria das equipes de comunicação pública trabalha no limite: acumulam funções, respondem a demandas emergenciais, lidam com falta de planejamento e estrutura.
O resultado é previsível: ações que só são comunicadas depois de prontas, falta de alinhamento entre secretarias e uma comunicação que reage aos problemas, ao invés de preveni-los.
E nesse cenário, a gestão passa a imagem de que não está fazendo nada — mesmo quando está.
Comunicação estratégica é diferente
Quando falamos de comunicação como pilar de governo, estamos falando de um novo nível de atuação:
• Planejamento de campanhas desde o início dos projetos
• Envolvimento da equipe de comunicação nas decisões administrativas
• Definição de narrativas consistentes e alinhadas entre todas as secretarias
• Uso de pesquisas, dados e escuta da população como base para ajustes
Não se trata de gastar mais. Trata-se de usar melhor os recursos que já existem, com método, foco e clareza.
Percepção é realidade
Philip Kotler, um dos maiores nomes do marketing mundial, é direto:
“A percepção é mais forte que a realidade. Se as pessoas não percebem o valor, ele não existe para elas.”
Na gestão pública, isso se traduz de forma simples:
Não basta fazer. A população precisa perceber.
Porque, se não perceber, é como se não tivesse sido feito.
Comunicação é ferramenta de governo
É por isso que a comunicação pública precisa deixar de ser vista como setor de apoio.
Ela precisa ser compreendida como uma ferramenta de governo, blindagem institucional e construção de legado.
Governar sem comunicar é correr no escuro.
E em tempos de ruído, polarização e desinformação, quem não domina a narrativa vive se explicando.
A Pública On foi criada para mudar esse cenário.
Para ajudar gestões municipais a estruturarem sua comunicação como ela deve ser: estratégica, segura, profissional e percebida.
Porque governar bem exige mais do que ação.
Exige clareza. Exige narrativa. Exige percepção.


